segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Decepção Olímpica

Após mais um ciclo olímpico, as pessoas se perguntam: e ai, como fomos?? Pelo o que acompanhamos dos resultados obtidos (ou não obtidos), vemos o Brasil apenas em 23º no ranking de medalhas. Digo ‘apenas’ por ser um país de tamanho grandioso e grande importância cultural e econômica para o mundo. Com o sonho de se tornar uma potência olímpica, estamos dando apenas os primeiros, e vagarosos, passos.


Apesar de nunca termos sidos grandes vencedores de medalhas de ouro, sempre estivemos em evidência no mundo esportivo. Competições internacionais, campeonatos mundiais e disputas com os melhores atletas do mundo contam a participação de brasileiros. De vez em quando temos nossos representantes nos pódios e conseguindo ser campeões. Mas parece que temos um sério problema quanto a disputa do maior dos eventos: as Olimpíadas. Grandes expoentes do esporte nacional cravaram seus nomes entre os medalistas olímpicos, mas sempre esperamos muito mais. Nós aceitamos apenas o nível máximo de perfeição quando se trata de esportes, não nos contentando com a simples participação em torneios. Apesar de ser difícil de aceitar, o brasileiro é assim.


Com um total de 15 medalhas ganhas, sendo 8 de bronze, 4 de prata e apenas 3 de ouro. Em primeiro lugar ficaram os chineses e suas 100 medalhas, com 51 de ouro, 21 de prata e 28 de bronze. Essa disparidade coloca em dúvida toda a preparação brasileira nos últimos anos, passando por um Panamericano em casa e competições por todos os lados. Do que adiantar levar a maior delegação de todos os tempos para que os resultados fossem tão ruins? O velho dito se confirma: quantidade não é qualidade.


Apesar de ser claro a fraca participação do Brasil em Pequim, o presidente do Comitê Olímpicos Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman afirma que “o País teve o melhor retrospecto da história”. Sua opinião se embasa em cima do fato de termos participados de 38 finais disputadas, oito a mais do que em Atenas. Há quatro anos ficamos em 16ª lugar no quadro de medalhas, com dois ouros a mais. Essa desculpa esfarrapada foi pensada para tentar justificar o investimento de R$ 160 milhões para 2008, maior orçamento de todos os tempos. Assim como ele, o ministro dos esportes, Orlando Silva Jr., também se vangloriava dos números brasileiros. Com o passar dos dias em que se seguiram as olimpíadas, a participação de ambos foi se esvaecendo.


Dirigentes à parte, os atletas também nos decepcionaram. Nomes de respeito como os ginastas Diego Hypólito e Daiane dos Santos, o triplista Jadel Gregório e o nadador Thiago Pereira não conquistaram o esperado. Mas cada um é um caso. Na olimpíada anterior, Daiane não conseguiu dar seguimento a seu bom momento de campeã mundial de ginástica olímpica. Jadel sempre figurou entre os principais nomes do atletismo, mas nunca conseguiu títulos de expressão. Mesmo contando com a sorte do principal atleta do salto triplo não participar dos jogos, não conseguiu subir ao pódio. Já Thiago se mostrou muito aquém do que esperávamos de um campeão de panamericano. A competição sul-americana engana a todos, sendo que nunca foi levada a sério por outros países, caso de Estado Unidos, Cuba e Canadá.


O grande problema dos nossos atletas olímpicos é se contentar em fazer sua carreira por aqui e se destacar entre os próprios brasileiros. É preciso firmar a idéia de que se tornar um atleta de alto nível remete ao fato de você se desligar do país e disputar (e aprender) com os melhores do mundo. Cito aqui o caso do nadador César Cielo, detentor da medalha de ouro nos 50 metros livre e bronze nos 100 metros livre. Há três anos, se mudou para os EUA e tem competido com os melhores. Ele deixou os braços da família para abraçar o sonho de se tornar o melhor. Em Pequim, chegou como o segundo nome da natação brasileira, atrás de Thiago Pereira.
Enquanto não diferenciarmos atletas e atletas de alto nível, não poderemos sonhar com passos maiores no quadro de medalhas.


Demonstro aqui minha breve opinião quanto ao evento esportivo mais esperado do ano, mas que o Brasil não sabe participar....

1 comentário:

Anónimo disse...

Vi um judoca negro ficar puto que perdeu o bronze, chorou, pediu perdão nos microfones que falhou, porém, meia hora depoiis voltou com o peito estufado e disse ter feitro o máximo.

Os caras devem sempre pensar na nação, pouco depois pensam em como ralaram pra estar lá por forças próprias e no final, deve dar uma raiva do cão.

Este paizinho de merda que vivemos não valoriza NADA!

Depois se perguntam porque se tem tanta gente saindo fora...

O fato dos USA estarem sempre na frente e desta vez perderem o primeiro posto foi a maior maravilha q poderia rolar.

Um pais de primeiro mundo onde atletas comem tudo do bom e do melhor e tem todos patrocinios possiveis, tem obrigação de estar em primeiro e perder pra China desta vez foi minha maior emoção.

No Volei masculino, apesar de guerreiros, tava nitido que USA era bem melhor.....desta vez não chegamos longe porque não somos os melhores...aliás, em quê somos melhores?